terça-feira, 22 de abril de 2014

JK morreu vítima de um acidente de trânsito, diz comissão


O carro de Juscelino Kubitschek após o acidente que tirou sua vida
O carro de Juscelino Kubitschek após o acidente que tirou sua vida

A Comissão Nacional da Verdade apresentou nesta terça-feira (22) um relatório parcial em que sugere que o ex-presidente Juscelino Kubitschek morreu em decorrência de um acidente de trânsito, em 1976, e não vítima de um atentado organizado pela ditadura militar (1964-85).

A versão de que JK e seu motorista, Geraldo Ribeiro, morreram em um atentado arquitetado pelos militares foi apresentada pela Comissão Municipal da Verdade de São Paulo em dezembro.

À época, o presidente do grupo, o vereador Gilberto Natalini (PV-SP), afirmou que o Juscelino foi vítima de "conspiração, complô e atentado político".

A versão oficial é de que JK, presidente de 1956 a 1961, morreu em um acidente automobilístico quando se dirigia de São Paulo para o Rio, em um Opala que era conduzido por Geraldo Ribeiro, seu motorista.

O veículo teria colidido com um caminhão após ser atingido por um ônibus em alta velocidade.

Contrariando a congênere da cidade de São Paulo, a Comissão Nacional da Verdade afirmou que não há nada que comprove o complô para assassinar o ex-presidente. O grupo começou a investigar o acidente em setembro de 2012, após receber ofício da seção mineira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

A comissão nacional rebateu, no relatório apresentado hoje, os pontos levantados pela Comissão Municipal da Verdade para sustentar a versão do atentado. "Não há nos documentos, laudos e fotografias trazidos para a presente análise qualquer elemento material que, sequer, sugira que o ex-presidente e Geraldo Ribeiro tenham sido assassinado vítimas de homicídio doloso", diz o relatório da Comissão Nacional da Verdade.

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