terça-feira, 22 de julho de 2014

Uruguai nega asilo a advogada ligada a black blocs


Manifestantes protestam em favor da concessão de asilo político à advogada Eloisa Samy, acusada de incitar atos violentos com black blocs

O pedido de asilo político feito ao Uruguai pela advogada Eloisa Samy, acusada de ter ligação com black blocs, foi negado na noite desta segunda-feira, segundo a assessoria da deputada estadual Janira Rocha (Psol), que acompanhou a advogada e outros dois foragidos no Consulado do Uruguai no Rio de Janeiro. 

Os advogados Rodrigo Mondego e Rogério Borba, que auxiliavam Eloisa Samy no pedido, já haviam admitido que a solicitação dificilmente serria atendida. Nesta segunda-feira, eles visitaram Eloisa, de 45 anos, no prédio do consulado uruguaio no Rio. "É difícil sair o asilo porque o Uruguai teria de reconhecer que foi quebrada a ordem democrática no Brasil. Entendo a dificuldade. Mas o Rio de Janeiro está sofrendo uma crise institucional no que tange às liberdades democráticas", afirmou Mondego.

Mondego e Borba levaram alimentos e bebidas para que Eloisa passasse a noite no interior do consulado. Após a negativa, no entanto, a advogada deixou o prédio em um carro da deputada Janira Rocha. Ela estava acompanhada do black bloc David Paixão, de 18 anos, e da namorada do rapaz, menor de idade. Paixão e a adolescente, que também buscavam asilo no Uruguai, também foram detidos durante a Operação Firewall da Polícia Civil, que efetuou a prisão de quadrilhas acusadas de planejar depredações. Eloisa é apontada pela polícia como responsável por incentivar e oferecer apoio a black blocs. A advogada teve a prisão preventiva decretada junto com outras 22 pessoas pela 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, mas apenas cinco deles estão presos até o momento. 

Além de ter feito o pedido de asilo ao Uruguai, Eloisa também tenta na Justiça o direito de responder ao processo em liberdade. "Eloisa nega todas as acusações. Diz que nenhuma reunião política ocorreu na casa dela", afirmou Mondego.

A Polícia Militar e a Polícia Civil chegaram a procurar por ela no local, mas foram orientados a deixar o consulado. Com prisão preventiva decretada, a advogada é considerada foragida.

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