terça-feira, 30 de setembro de 2014

FHC ironiza Dilma: “Merece o Nobel de Economia; conseguiu arrebentar com tudo ao mesmo tempo”


Na VEJA.com:

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ironizou a presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira, em Fortaleza, ao falar para 1.200 empresários. “Ela merece o Prêmio Nobel da Economia, pois conseguiu arrebentar tudo ao mesmo tempo. Isso é muito difícil de fazer em economia”, disse para aplausos dos empresários cearenses. Outra crítica a Dilma foi a passagem dela na Organização das Nações Unidas (ONU) na semana passada. “É triste quando a presidente do Brasil diz que vamos negociar com quem quer degolar”, afirmou, referindo-se à sugestão de Dilma de estabelecer um diálogo com os terroristas do Estado Islâmico.

Acompanhado do candidato ao Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), FHC pediu votos para o presidenciável Aécio Neves, mas admitiu que é muito difícil ele ir para um 2º turno. “Se fosse pelas qualidades dele, iria, mas a máquina federal está muito organizada para reeleger a presidente e o apelo de Marina é forte”, destacou. FHC disse que “infelizmente, o que vale agora nas eleições é o marquetismo que confunde tudo e acaba elegendo presidente”.

O ex-presidente fez referências à corrupção como mal maior hoje no país. “Temos que abrir o jogo da corrupção, mas a crise política é muito maior que a dificuldade econômica “. FHC esteve em Fortaleza para participar do Fórum Brasil em Debate, promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE) e pela Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE).

Por Reinaldo Azevedo

VOX POPULI VAI ÁS MESMAS CIDADES PARA FAZER PESQUISAS PRESIDECIAIS


dilma e marinaO Vox Populi, que ontem trouxe Dilma Rousseff treze pontos à frente de Marina no primeiro turno, fez suas últimas quatro pesquisas presidenciais nas mesmas 147 cidades. Duas pesquisas foram encomendadas pela Carta Capital e outras duas pela Record.

A exceção na lista de cidades pesquisadas pelo do Vox Populi aconteceu nas duas últimas pesquisas. Saiu do levantamento a cidade de Jaci, no interior de São Paulo, e entrou a cidade de Planalto, também no interior paulista.

O método utilizado pelo Vox Populi para escolher os municípios, o da Probabilidade Proporcional ao Tamanho (PPT), é o mesmo usado pelo Ibope que, no entanto, não repete a mesma lista de cidades em todas as pesquisas.

Já o Datafolha sorteia cidades e bairros pesquisados a cada nova pesquisa eleitoral. Trata-se de “cuidado para evitar ações de partidos nos locais de pesquisa, e para evitar que os mesmos moradores de um bairro sejam entrevistados diversas vezes, viciando a mostra”.

Este cuidado que o Datafolha revela, o Vox Populi despreza. (Veja)

Por Lauro Jardim

Jeito de caminhar pode aumentar chances de ser assaltado


É possível 'aprender a andar direito' para evitar ataques (Foto: Stig Nygaard)

A forma como as pessoas caminham pode influenciar na probabilidade de elas serem assaltadas, segundo uma série de pesquisas feita por cientistas. A boa notícia é que podemos mudar a forma como caminhamos para reduzir as chances de assalto. A forma como caminhamos "entrega" muito a nosso respeito. Talvez até demais, se estivermos sendo observados pela pessoa errada.

A maior parte dos assaltos na rua é cometida por um grupo pequeno de criminosos. E esses assaltos são distribuídos de forma desigual na população: algumas pessoas são assaltadas várias vezes, enquanto outras nunca passam por isso. A questão de quem é assaltado e quem é poupado vem sendo estudada por cientistas desde os anos 1980.

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Bancários decidem por greve nacional por tempo indeterminado


Paralisação começa nesta terça (Foto: Reuters)

Os bancários rejeitaram ontem mais uma proposta de reajuste salarial e aprovaram o início de greve nacional por tempo indeterminado para esta terça-feira. A última paralisação dos bancários ocorreu entre setembro e outubro do ano passado e durou mais de 20 dias. Confirmaram adesão à greve os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraná, Bahia, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba, Piauí, Acre, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso, Maranhão, Amapá, Rondônia e alguns municípios do Rio Grande do Sul.

Contudo, nem todas as assembleias terminaram no país. Entre outras reivindicações, eles defendem um aumento de 12,5%, com ganho real de 5,8%. Para o cálculo da inflação foi utilizado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que acumulou alta de 6,35% no período de 12 meses encerrado em agosto.

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Com Petrobras arrombada, Dilma posa de xerife



Debate entre os candidatos à Presidência da República na TV Record em São Paulo
Foto: Fernando Donasci / O Globo

“Uma coisa tem que ficar clara”, disse Dilma Rousseff, no debate presidencial veiculado pela Record, ao tentar distanciar-se do escândalo de corrupção da Petrobras. “Quem demitiu o Paulo Roberto fui eu. A Polícia Federal do meu governo investigou todos esses malfeitos, esses crimes, esses ilícitos. E eu sou a única candidata que apresentei propostas concretas de combate à corrupção, principalmente à impunidade. Como, por exemplo, tornar o crime de caixa dois um crime eleitoral…”

Dilma tentava responder a ataques feitos pelo tucano Aécio Neves e pelo Pastor Everaldo. Faltou-lhe, porém, um mínimo de nexo. Nomeado diretor de Abastecimento da Petrobras em 2004, sob Lula, Paulo Roberto Costa, o delator da petroroubalheira, deixou a estatal em 2012, segundo ano da gestão Dilma. Mas saiu sob rasgados elogios pelos “bons serviços” prestados.

Dilma sobe e Brasil despenca



A bolsa paulista recuava fortemente nos primeiros negócios desta segunda-feira, depois que novas pesquisas mostraram a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, avançando ainda mais na corrida presidencial, ao mesmo tempo em que não se confirmaram boatos da sexta-feira de reportagens muito negativas aos petistas em revistas no fim de semana. 

Às 10h20, o Ibovespa recuava 5,37 por cento, a 54.142 pontos. As ações preferenciais e ordinárias da Petrobras desabavam mais de 10 por cento. Se Dilma for reeleita, analistas e profissionais do mercado financeiro veem com ceticismo a possibilidade de mudanças na política econômica. A possibilidade maior que pesquisas eleitorais de agosto trouxeram de mudança no comando do Palácio do Planalto motivou forte alta da Bovespa naquele mês. 

Nesta sessão, o quadro externo desfavorável corroborava para as perdas no mercado acionário local, com declínio nas bolsas europeias e nos índices futuros norte-americanos e nas bolsas europeias, em meio a manifestações civis em Hong Kong.(Estadão)

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Doleiro Youssef fará 'confissão total', garante advogado


O doleiro Alberto Youssef

Preso pela Operação Lava Jato da Polícia Federal e alvo de ações que o acusam de uma série de crimes, o doleiro Alberto Youssef vai fazer uma "confissão total dos fatos" nos depoimentos que prestará nos próximos dias, segundo o seu advogado, Antonio Figueiredo Basto. Youssef será ouvido a partir de um acordo de delação premiada, na qual diz o que sabe aos investigadores em troca de redução da pena. Esse acordo precisa ser aprovado pela Justiça, algo que ainda não ocorreu. "Acordo de colaboração pressupõe a confissão integral dos fatos, responder todos os fatos que for perguntado, a responsabilidade em colaborar com a Justiça", afirmou o advogado do doleiro em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. "As outras pessoas (apontadas por Youssef) vão ter o direito de se defender", ressaltou Basto.

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domingo, 28 de setembro de 2014

A racionalidade parece triunfar sobre a esquisitice: Serra lidera para o Senado com 37%; Suplicy está com 30%


Ufa!

Em São Paulo, a razão triunfa. O tucano Geraldo Alckmin parece caminhar para uma eleição segura ainda no primeiro turno, e José Serra (PSDB), tudo indica, dará um cartão vermelho a Eduardo Suplicy (PT), que deve se despedir do Senado depois de 24 anos sem ter o que dizer, o que propor, o que fazer. Se não me engano, nesses anos todos, ele cantou, declamou e submeteu o Estado a alguns vexames.

Segundo o Datafolha, o tucano abriu uma boa vantagem sobre o petista na disputa pelo Senado: passou de 34% no levantamento feito há 15 dias para 37% agora. Já o petista oscilou de 31% para 30%. A diferença, que era de três pontos, dentro da margem de erro, é agora de sete. Gilberto Kassab (PSD) aparece com 10%.

POR QUE O TERCEIRO ‘POSTE’ DE LULA NÃO DEU CERTO


O candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha (d), durante ato político acompanhado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Santo André, no Grande ABC (SP)

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha (d), durante ato político acompanhado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Santo André, no Grande ABC (SP)

A menos que a eleição para o governo de São Paulo produza uma reviravolta histórica, o Partido dos Trabalhadores não chegará ao segundo turno – isso se houver segundo turno. Segundo as pesquisas eleitorais, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, lançado na disputa como o “terceiro poste” do ex-presidente Lula, deve fracassar na tentativa de conquistar o eleitorado paulista e realizar a maior obsessão de seu padrinho político: desalojar o PSDB do Palácio dos Bandeirantes depois de quase duas décadas.

Após três meses de campanha, Padilha não conseguiu sequer atingir dois dígitos nas pesquisas. Contra o desempenho do PT, que nas eleições recentes amealhou 30% dos votos, o ex-ministro chega à última semana com 9%, segundo o Datafolha. Se o prognóstico se confirmar nas urnas, o percentual representa apenas um quarto dos 35,21% dos votos atingidos em 2010 pelo ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), candidato do PT com o melhor desempenho até hoje, mas derrotado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno. Há doze anos (três eleições seguidas), o PT consegue mais de 30% dos votos no Estado. Se permanecer abaixo dos dois dígitos, Padilha repetirá um resultado que o PT paulista não amarga desde 1990, quando o ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio (morto em julho deste ano) teve o pior desempenho de um candidato petista, com 9,55% dos votos válidos.

O ‘Efeito Papuda’ veio para ficar


Complexo Penitenciário da Papuda (Foto: Arquivo Google)
Complexo Penitenciário da Papuda (Imagem: Arquivo Google)

Elio Gaspari, O Globo

Em 1500, quando Pedro Álvares Cabral chegou à Bahia, deixou dois degredados na praia. Um deles chamava-se Afonso Ribeiro. Tinha dezoito anos, trabalhara com um grão-senhor e metera-se num assassinato. Ele viveu anos no meio dos índios e, não se sabe como, acabou resgatado por outra expedição, regressando à Europa.

Contou sua história a um tabelião, mas até hoje o papel não foi achado. Por suas artes e pela sorte, a pena de degredo deu em nada e Afonso Ribeiro pode ser considerado o patrono das pessoas que se safam da lei. Passaram-se 514 anos e a bancada de maganos que está presa na Papuda mostra que essa escrita começa a ser quebrada.

A ideia segundo a qual “isso não vai dar em nada“ perdeu eficácia. Pode ser que não dê, mas se der, a cana está lá. Foi essa percepção que levou Paulo Roberto Costa, um poderoso ex-diretor da Petrobras, a colaborar com o Ministério Público. Seguiram-no o operador de câmbio da rede financeira de Alberto Yousseff e, na semana passada, o próprio.

Em todos os casos, preferiram trocar de lado, contando o que sabem, a arriscar décadas de cadeia. (Pelo “efeito Papuda”, Marcos Valério, o mago do caixa dois do mensalão foi condenado a 40 anos de prisão e José Dirceu, chefe da Casa Civil e “técnico” do time de Lula, a dez, podendo passar ao regime aberto ainda este ano.)

Paulo Roberto Costa e Yousseff decidiram colaborar, contrariando a opinião de advogados. O que eles têm a contar ultrapassa de muito o acervo de informações que Marcos Valério detém.

Em suas operações há as digitais de grandes bancos, empreiteiras e empresas internacionais de comércio exterior. Se o Ministério Público e juiz federal Sérgio Moro trabalharem direito e em paz, poderão expor a maior e mais antiga rede de maracutaias nacionais. Coisa tentada sem sucesso em dezenas de processos e diversas CPIs.

Foi com a colaboração de delinquentes que a Justiça americana quebrou a espinha dorsal de camarilhas de Wall Street e da Máfia. Um de seus chefões, Tommaso Buscetta (Don Masino) operava no Brasil e foi preso em 1972. Sua captura foi apresentada pela ditadura como uma demonstração da eficiência da polícia.

Afinal, ele fora interrogado pelo delegado Sérgio Fleury, o vice-rei da repressão política. Palhaçada. Extraditado para a Itália, acabou levado para os Estados Unidos. Lá, ninguém lhe encostou a mão e ele passou a colaborar com a Justiça, tornando-se o primeiro “capo” a revelar a rede de operações e influências da Máfia. Ganhou nova identidade, fez uma plástica e morreu em 2000.

A colaboração de Paulo Roberto e Yousseff demanda paciência e tempo, com o prosseguimento de interrogatórios e acareações. Não haveria Paulo Roberto sem conluio com grandes empresas nacionais e estrangeiras.

Da mesma forma, não haveria Yousseff sem bancos que operassem suas traficâncias. Em todos os casos, o melhor que essas empresas têm a fazer é seguir o exemplo da Siemens, que ajudou a desvendar a rede de propinas na venda de equipamentos para governos tucanos de São Paulo.

A ideia segundo a qual só há corrupção na política contém um vício. Se a corrupção fosse só dos políticos, no caso do parlamentares, os doutores iriam a Brasília na segunda-feira e ficariam até quinta trocando propinas. Se fosse assim, na sexta a conta ficaria zerada. Falta botar na roda as empresas que movem o circo, e essa é a trilha que Paulo Roberto Costa e Yousseff podem mostrar à Viúva.

Segundo a Veja, campanha da Dilma foi paga com dinheiro sujo da Petrobras em 2010.

Há três semanas, VEJA revelou que o ex-diretor da Petrobras havia dado às autoridades o nome de mais de trinta políticos beneficiários do esquema de corrupção. A lista, àquela altura, já incluía algumas das mais altas autoridades do país e integrantes dos partidos da base de apoio do governo do PT. Ficou delineada a existência de um propinoduto cujo objetivo, ao fim e ao cabo, era manter firme a adesão dos partidos de sustentação ao governo. 


O esquema foi logo apelidado de “petrolão”, o irmão mais robusto mas menos conhecido do mensalão, dessa vez financiado por propinas cobradas de empresas com negócios com a Petrobras. À medida que avançava nos depoimentos, Paulo Roberto ia dando mais detalhes sobre o funcionamento do esquema e as utilidades diversas do dinheiro que dele jorrava. Era tudo tão bizarro, audacioso, inescrupuloso e surpreendente mesmo para os padrões da corrupção no mundo oficial brasileiro, que alguém comparou o esquema a um “elefante-voador” — algo pesadamente inacreditável, mas cuja silhueta estava lá bem visível nos céus de Brasília.

A reportagem de VEJA estampada na capa da edição de 10 de setembro passado revelou a mais nítida imagem do bicho. Ninguém contestou as informações. Agora, surge mais um “elefante-voador” originário do mesmo ninho do anterior. Paulo Roberto Costa contou às autoridades que, em 2010, foi procurado por Antonio Palocci, então coordenador da campanha da presidente Dilma Rousseff. 

O ex-diretor relatou ter recebido o pedido de pelo menos 2 milhões de reais para a campanha presidencial do PT. A conversa, segundo o ele, se deu antes do primeiro turno das eleições. Antonio Palocci conhecia bem os meandros da estatal. Como ministro da Fazenda, havia integrado seu conselho de administração. Era de casa, portanto, e como tal tinha acesso aos principais dirigentes da companhia.Aos investigadores, Paulo Roberto Costa contou que a contribuição que o ex-ministro pediu para a campanha de Dilma sairia da “cota do PP” na Petrobras.

Quando as autoridades quiseram saber se o dinheiro chegou ao caixa de campanha de Dilma em 2010, Paulo Roberto limitou-se a dizer que acionou o doleiro Youssef para providenciar a “ajuda”. Pelo trecho da delação a que VEJA teve acesso, Paulo Roberto Costa diz não poder ter certeza de que Youssef deu o dinheiro pedido pela campanha de Dilma, mas que “aparentemente” isso ocorreu, pois Antônio Palocci não voltou a procurá-lo.

sábado, 27 de setembro de 2014

Lourivaldo, o prefeito sem noção


Via Vale


Luis Carlos de Oliveira
Desde que assumiu a Prefeitura Municipal de Caçapava, Lourivaldo não faz outra coisa que não seja exibir sua valentia. É claro que só faz isso através dos microfones da rádio, nas ruas da cidade ele está sempre acompanhado do seu segurança, aquele travestido de diretor.

O preço desta exibição é alto. O proprietário da rádio costuma dizer que lá a “piaba canta” para quem não reza na cartilha dele, e nestas eleições ele é candidato a deputado. Aí da para imaginar o Lourivaldo “rebolando” entre a ética e a infidelidade partidária.

Eleito prefeito pelo PSDB Lourivaldo tem aparecido em propagandas eleitorais de candidatos do seu partido, o que é justo e correto para quem tem ideologia e honra sua base partidária, porém, vaidoso ao extremo, sem histórico familiar na cidade, desprovido de cultura e experiência profissional que o coloque numa posição de destaque virou refém do radialista candidato a deputado pelo PSC.

Assustado com a ira do radialista, que usa a vaidade do prefeito para fins políticos, o infiel e pouco ético Lourivaldo mandou destruir todas as propagandas de seus companheiros de partido. Declarou no programa da rádio que não autorizou o uso político de sua imagem e mandou colocar na sua casa um cartaz do candidato do PSC.

Bem, este é o Lourivaldo, prefeito de Caçapava, que há quase dois anos expõe na rádio sua cultura, ética e agora a fidelidade ao partido que o elegeu.

O lado bom disso: Lourivaldo apoia o mais rejeitado candidato de Caçapava, suas participações na rádio têm sido consideradas pela maioria dos cidadãos caçapavenses de extrema antipatia, portanto, posar ao lado de Lourivaldo pode não fazer bem a nenhum candidato.

Quem já amou



Quem já amouMilhares de pessoas vivem casamentos de décadas pensando ou dizendo amar seu cônjuge, o pai ou a mãe de seus filhos, mas, no fundo, quando param e meditam um pouco mais profundamente sobre o assunto, percebem que isso não é verdade, que estão se enganando.

São vários os motivos que as levam a esse comportamento, mas os principais são a acomodação e a dependência financeira, décadas atrás provocada pelo despreparo profissional das mulheres, mas atualmente pelas exigências consumistas cada vez maiores, impostas pela sociedade em que vivemos, onde se gasta sempre mais do que se ganha.

As paixões iniciais já não existem, mas surgiram laços como os patrimoniais, sociais e os filhos, que são difíceis de serem desfeitos. A moradia conjunta, os amigos comuns e a dependência recíproca dos que assumiram financiamentos conjuntamente, são algumas das centenas de alegações que, normalmente, dizem dificultar bastante um rompimento.

As pessoas nessa situação vivem fugindo da realidade, se escondendo da vida real, pois não querem enfrentar os problemas. Fingem acreditar que tudo mudará, mesmo que, no fundo, saibam que isso não é verdade, nunca ocorrerá.

Um relacionamento conjugal não sobreviverá se estiver apoiado em interesses materiais. Ele precisa ser muito mais profundo, estar fundamentado em amizade, carinho, companheirismo dedicação e projetos comuns, mas se não estiver assim lastreado, é melhor que seja desfeito, pois jamais proporcionará a felicidade conjunta.

Entretanto, quando o amor é verdadeiro, qualquer pensamento a respeito de um possível rompimento é inimaginável, apesar de poder ocorrer quando, por exemplo, um dos lados se defronta com alguma situação que o desagrada bastante e, repentinamente, sem muito pensar, diz que tudo está acabado.

Na realidade não era o que queria que ocorresse, mas certamente pensava que, assim dizendo, mostraria que realmente estava realmente insatisfeito com a situação e, então, mesmo em um casal que se ama muito, se naquele mesmo momento, por algum motivo, o outro também está insatisfeito com o relacionamento ou em uma situação de grande tensão, pode ocorrer um rompimento que segundos antes era inimaginável para os dois.

Quando isso ocorre, inconscientemente, eles passam a ter um comportamento muito comum nos seres humanos, que é o de “medir forças”. Nenhum dos dois cede, reconhece o erro ou pede desculpas, o que dificulta bastante o retorno ao status quo e eles realmente acabam se separando.

Passado algum tempo, já sem as tensões daquele momento e refletindo mais profundamente, se o amor realmente era verdadeiro, é comum vermos uma das partes transpor as mais difíceis barreiras – até mesmo superando seu orgulho próprio – e procurar, se desculpar, justificar, fazendo de tudo em busca de sua reconquista, de uma nova chance.

Essa sempre foi e será a opção daqueles que já amaram verdadeiramente, porque a experiência de um amor verdadeiro é indescritível e quem já o viveu não se conforma mais em viver sem ele, sentindo, constantemente, sua saudade transbordar do coração e, em forma de lágrimas, escorrer pelos olhos.

Como dizia o poeta Vinícius de Morais: “Quem já passou por esta vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que eu, porque a vida só se dá pra quem se deu, pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu, ai. Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não”.

Quem já amou, mesmo que com os pés cansados, sempre dará um novo passo em busca de reviver algo igual.

Quem são os brasileiros que vão decidir a eleição


Os brasileiros que ficarão “órfãos” do seu candidato no primeiro turno e ainda não decidiram qual vão adotar no segundo representam no máximo 6% do eleitorado. Mas serão o fiel da balança da eleição mais disputada desde 1989


dúvida no segundo turno

A uma semana do primeiro turno, a eleição presidencial de 2014 já é a mais apertada da história desde a de 1989. Em todas as que vieram depois — de 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010 —, era possível dizer às vésperas do segundo turno, com razoável segurança, quem subiria a rampa do Palácio do Planalto. Mesmo na eleição de 1989, a única que pode se assemelhar à atual, o candidato do PRN, Fernando Collor de Mello, largou no segundo turno com folgados 9 pontos à frente do petista Luiz Inácio Lula da Silva — a diferença entre os dois só foi cair na reta final da segunda fase, para chegar à diferença de 1 ponto a alguns dias da votação decisiva. Agora, os levantamentos mostram que Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), a primeira e a segunda colocadas no primeiro turno, estão a uma inédita diferença de apenas quatro pontos para a petista no segundo turno, um empate técnico dentro da margem de erro, segundo o último levantamento do Datafolha, divulgado na sexta-feira passada.

Em um páreo tão disputado assim, em que qualquer pequena vantagem pode definir o resultado final, os olhos dos vitoriosos no primeiro turno se voltarão já na manhã de 6 de outubro para um pequeno grupo de eleitores: o dos indecisos — mais especificamente, aqueles que viram o nome de sua escolha sair derrotado da primeira fase e ainda não decidiram com quem ficarão depois. Cerca de 20% dos eleitores de Aécio e iguais 20% dos eleitores de Marina se encaixam nesse perfil — são, em sua maioria, mulheres e não sabem em quem votarão caso seu candidato fique de fora do segundo turno.

Esses 20% de “órfãos” indecisos do tucano representam um contingente de apenas 3% do eleitorado brasileiro. Os 20% que comporiam os órfãos indecisos de Marina, na hipótese de ela perder para Aécio, equivaleriam a 6% do total de eleitores. Os cálculos são do estatístico Neale El-Dash, diretor do site Polling Data. Nos dois casos, trata-se de um contingente pequeno de brasileiros. Mas, com a disputa cabeça a cabeça, quem conquistá-lo será o próximo ou — mais provavelmente — a próxima presidente da República.

Revista Veja desta semana

Marina: rogo que Lula livre PT da lógica aloprada


“Eu peço a Deus que Lula ajude o PT a sair dessa lógica dos aloprados”, disse Marina Silva em reação aos ataques que vem recebendo do petismo.

Lembrada de que é Lula quem dá o tom do petismo, a rival de Dilma Rousseff declarou: “O Lula não pode ser tragado pelo PT pragmático. O PT das origens não pode permitir que esse PT pragmático trague o Lula.”

Marina fez esses comentários numa entrevista a Thais Oyama e Carlos Graieb. Ex-petista, ela conviveu com Lula por quase três décadas. Ao que parece, ainda não o conhece.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Operação Frota: PF investiga desvio de dinheiro na Saúde


Alexandre Padilha durante o primeiro debate das eleições 2014 entre os candidatos ao governo do Estado de São Paulo, promovido pela TV Bandeirantes, neste sábado (23), na sede da emissora, em São Paulo

No inquérito da Operação Frota, que apura o superfaturamento do contrato de locação de automóveis para o Ministério da Saúde, há um depoimento que envolve o ex-ministro Alexandre Padilha e alguns de seus assessores. O empresário Alan Diniz disse ao Ministério Público que a licitação foi dirigida e que parte do dinheiro do contrato seria desviado para a campanha de Padilha, o candidato do PT ao governo de São Paulo. Alan entrou no negócio como sócio da San Marino, a empresa que venceu a licitação. Ele conta que, por causa disso, acompanhou todo o processo. As irregularidades teriam começado meses antes de o ministério divulgar o edital de licitação – redigido, segundo ele, num escritório de advocacia e feito sob medida para beneficiar a empresa, o que é ilegal.

Marina: rivais pagam 'mensalete' por ataques nas redes


A candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, durante campanha nesta quinta-feira (25), na Central Única das Favelas (CUFA), no Rio de Janeiro

Em comício no centro de Duque de Caxias na noite desta quinta-feira, Marina Silva (PSB) acusou seus adversários de pagar um "mensalete" – em alusão ao mensalão – para militantes a atacarem nas redes sociais, em uma clara crítica à agressiva campanha de difamação promovida por petistas na internet. “Eles têm milhares de pessoas pagas nas redes sociais para mentir. É o verdadeiro mensalete”, afirmou a candidata do PSB, que voltou a pedir à sua militância que a defenda na internet.

Lula: roubar banqueiro é chato, mas não faz falta



Num desses surtos de loquacidade que costuma acometê-lo sempre que se depara com um microfone e uma plateia, Lula criou na noite de quarta-feira (24) uma espécie de assaltômetro. Por esse medidor metafórico, a aversão aos assaltos diminui conforme o nível de riqueza de suas vítimas. Se o assaltado for um banqueiro, aí mesmo é que a culpa do assaltante deve ser atenuada.

Lula discursava em Santo André, no ABC paulista, num comício do seu candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha. A cena foi transmitida pela internet. Em dado momento, a pretexto de criticar o governador tucano Geraldo Alckmin, o orador falou sobre (in)segurança pública. “Agora, a coisa tá tão grave que é pobre roubando pobre”, disse o padrinho de Padilha.

“Eu, antigamente via: ‘bandido roubou um banco’. Eu ficava preocupado, mas falava: pô, roubar um banqueiro… O banqueiro tem tanto, que um pouquinho não faz falta. Afinal de contas, as pessoas falavam: ‘quem rouba mesmo é banqueiro, que ganha às custas do povo, com os juros. Eu ficava preocupado. [...] Era chato, mas era… sabe, alguém roubando rico.”

Quer dizer: na visão de Lula, o problema dos assaltos em São Paulo é que a oferta é menor do que a procura —no sentido de que há mais assaltantes procurando assaltáveis do que assaltáveis com dinheiro para ser assaltado. O sábio do PT deu um exemplo dos efeitos da crise que se abateu sobre o mercado dos assaltos.

“Essa semana, a Joana, que trabalha comigo, é irmã da Marisa [Letícia, mulher de Lula], na frente do hospital perto de casa, [...] oito horas da manhã, o cara encostou um negócio nas costas dela e falou: ‘É um assalto, eu tô armado. Continua andando normalmente, me dá o celular e me dá o seu dinheiro. A coitada teve que dar sessenta reais pro ladrão…”

A solução, disse Lula, é simples: “Se o Alckmin não tem competência pra fazer as coisas que o governador tem que fazer, nós temos que dizer pra ele: Alckmin, você já está há muito tempo aí. Saia. E deixa o jovem Padilha governar esse Estado para as coisas começarem a melhorar.”

Enquanto o PT tenta combinar com os russos, resta constatar que há na praça dois Lulas. Um financiou suas campanhas com doações milionárias dos bancos. Eleito, propriciou à banca lucros nunca antes vistos na história desse país. Outro desfruta da condição de ex-presidente voando em jatinhos de empreiteiros e recebendo honorários de bancos por palestras feitas à sombra. Sob holofotes, desanca nos palanques as elites assaltáveis desse país.

O carregador de postes do PT ainda não se deu conta. Mas, pelos critérios do seuassaltômetro, Lula é, hoje, um milionário perfeitamente assaltável. Tem tanto que, um pouquinho que for suprimido decerto não lhe fará falta.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

OS COMPANHEIROS TERRORISTAS RETRIBUÍRAM OS AFAGOS DE DILMA COM MAIS UMA DEGOLA


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Um dia depois dos afagos de Dilma Rousseff, que se solidarizou com o Estado Islâmico e propôs a troca dos ataques aéreos por diálogos entre os algozes democratas e os indefesos liberticidas, os companheiros terroristas retribuíram a manifestação de apreço e amizade da presidente com mais uma degola, Nesta quarta-feira, depois dos jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff e do agente humanitário britânico David Haines, chegou a vez do turista francês Hervé Gourdel.

Como as anteriores, a quarta decapitação foi registrada num vídeo que circula pela internet. Aos 55 anos, pai de dois filhos, o refém sequestrado na Argélia foi morto pelo crime de ter nascido no país errado. Os carrascos haviam fixado um prazo de 24 horas para que a França rompesse a parceria militar com os Estados Unidos e caísse fora dos céus da Síria. Quando se ajoelhou com as mãos amarradas atrás das costas, rodeado por quatro carrascos, é provável que Gourdel nem soubesse do ultimato.

A reedição do espetáculo da barbárie não mereceu sequer uma palavra da presidente, que tampouco enviou meia dúzia de frases de consolo à fa~mília do assassinado. A política externa da canalhice determina que a chefe de governo deve chorar seletivamente. Dilma não tem lágrimas a perder com um turista francês. (Veja/Direto ao Ponto)

Por Augusto Nunes

Procuradoria de São Paulo pede sequestro de bens de Eike Batista



Empresário Eike Batista (Foto: Antonio Lacerda / EFE)O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo pediu ontem o sequestro de bens do empresário Eike Batista. O pedido se segue à denúncia protocolada pela procuradoria, que acusa Eike e sete executivos da OGX (atual OGPar) de crimes como formação de quadrilha e falsidade ideológica. Segundo o MPF, o pedido de sequestro é diferente do bloqueio autorizado pela Justiça do Rio na semana passada, que autorizou o arresto de até R$ 1,5 bilhão do empresário, incluindo R$ 117 milhões de suas contas bancárias.

O novo pedido de sequestro (que tem diferenças conceituais em relação ao pedido de arresto) inclui não só Eike, mas também os outros sete denunciados. No caso de Eike, o possível sequestro, que ainda precisa ser avaliado pela Justiça, inclui imóveis, um helicóptero e participações societárias em empresas do grupo EBX e outras companhias.

Leia mais em O Globo

Dilma levou a candidatura para passear na ONU



Dilma Rousseff levou a República para passear em Nova York e sua candidatura presidencial foi junto. Ela fez pose de presidente na tribuna da Assembléia Geral da ONU. Esqueceu que, por trás da pose, é preciso que exista uma noção qualquer de Estado. Dilma pôs a sua melhor roupa, o seu melhor sapato e as suas melhores virtudes para fornecer matéria-prima ao marqueteiro João Santana. Sobre política interna, soou questionável. Sobre política externa, lamentável.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Mensalão: há 7 meses PF tenta, sem sucesso, ouvir Lula


Lula: medo de depoimento em ano eleitoral

Há sete meses a Polícia Federal tenta, sem sucesso, ouvir o ex-presidente Lula em inquérito que apura sua atuação no mensalão, segundo reportagem desta quarta-feira do jornal O Estado de S. Paulo. Em abril de 2013, o Ministério Público Federal solicitou à PF que apurasse asdenúncias feitas pelo operador do esquema, Marcos Valério de Souza, de que o ex-presidente intermediou um repasse de 7 milhões de reais feito ao PT por uma subsidiária da Portugal Telecom. Além de Lula, o ex-ministro Antonio Palocci Filho também é citado no caso.

De acordo com o jornal, o advogado do ex-presidente, Marcio Thomaz Bastos, disse à cúpula da PF que Lula estará na quinta-feira em Brasília e tentará agendar a data da oitiva. Na PF, contudo, afirma-se que os acertos para o depoimento - sempre informais - não foram adiante. Os agentes esperam ouvir Lula para encerrar o inquérito, cuja conclusão foi adiada algumas vezes.

Reportagem do jornal Folha de S. Paulo informa que o petista teme o vazamento do depoimento para a imprensa - e os estragos disso à campanha eleitoral. Lula não foi intimado, apenas convidado a falar. E, de acordo com o jornal, não deverá ser. A avaliação da cúpula da PF é de que uma intimação seria medida exagerada.

Segundo Valério, o ex-presidente teria intermediado a obtenção do repasse milionário de uma fornecedora da Portugal Telecom para o PT, por meio de publicitários ligados ao partido. Os recursos teriam sido usados para quitar dívidas eleitorais dos petistas. De acordo com o operador do mensalão, Lula intercedeu pessoalmente junto a Miguel Horta, presidente da companhia portuguesa, para pedir os recursos. As informações eram desconhecidas até 2012, quando Valério – já condenado - resolveu contar parte do que havia omitido até então.

O caso - A transação investigada pelo inquérito estaria ligada a uma viagem feita por Valério a Portugal em 2005. O episódio foi usado, no julgamento do mensalão, como uma prova da influência do publicitário em negociações financeiras envolvendo o PT.

O pedido de abertura de inquérito havia sido feito pela Procuradoria da República no Distrito Federal a partir das acusações feitas por Valério em depoimento à Procuradoria-Geral da República. Como Lula e os outros acusados pelo publicitário não têm foro privilegiado, o caso foi encaminhado à representação do Ministério Público Federal em Brasília. Ao todo, a PGR enviou seis procedimentos preliminares aos procuradores do Distrito Federal. Um deles resultou no inquérito aberto pela PF. Outro, por se tratar de caixa dois, foi enviado à Procuradoria Eleitoral.

Segredos – Com a certeza de que iria para a cadeia, Marcos Valério começou a contar os segredos do mensalão em meados de setembro de 2012, como revelou VEJA. Em troca de seu silêncio, Valério disse que recebeu garantias do PT de que sua punição seria amena. Já sabendo que isso não se confirmaria no Supremo – que o condenou a quase 40 anos por corrupção ativa, evasão de divisas, peculato e lavagem de dinheiro – e, afirmando temer por sua vida, ele declarou a interlocutores que Lula "comandava tudo" e era "o chefe" do esquema.

Pouco depois, o operador financeiro do mensalão enviou, por meio de seus advogados, um fax ao STF declarando que estava disposto a contar tudo o que sabe. No início de novembro daquele ano, nova reportagem de VEJA mostrou que o empresário depôs à PGR na tentativa de obter um acordo de delação premiada – um instrumento pelo qual o envolvido em um crime presta informações sobre ele, em troca de benefícios.

Dilma na ONU: nada comparável desde o sapato de Krushev. Ou: A estupidez como categoria de pensamento


A presidente Dilma Rousseff certamente considerou que o ridículo a que submeteu nesta terça o país não era o suficiente. Resolveu então dobrar a dose. Como sabem, a nossa governanta censurou ontem, em entrevista à imprensa, os EUA e países aliados pelos ataques às bases terroristas do Estado Islâmico.

Dilma, este gênio da raça, pediu diálogo. Dilma, este portento da política externa, quer conversar com quem estupra, degola, crucifica, massacra. Dilma, este novo umbral das relações internacionais, defende que representantes da ONU se sentem à mesa com mascarados armados com fuzis e lâminas afiadas. Nunca fomos submetidos a um vexame desses. Nunca!

Nesta quarta, no discurso que abre a Assembleia Geral das Nações Unidas, uma tradição inaugurada em 1947 por Oswaldo Aranha, Dilma insistiu nesse ponto, para espanto dos presentes. Os que a ouviam certamente se perguntavam: “Quem é essa que vem pregar o entendimento e o diálogo com facinorosos que só reconhecem a língua da morte e da eliminação do outro?”.

Houvesse uma lei que proibisse o uso de aparelhos públicos internacionais para fazer campanha eleitoral, Dilma teria, agora, de ser punida. Sua fala na ONU foi a de uma candidata — mas candidata a quê, santo Deus? A presidente do Brasil desfiou elogios em boca própria, exaltando, acreditem, suas conquistas na economia, no combate à corrupção e na solidez fiscal — tudo aquilo, em suma, que a realidade interna insiste em desmentir.

Não falava para os que a ouviam; falava para a equipe do marqueteiro João Santana, que agora vai editar o seu pronunciamento de sorte a fazer com que os brasucas creiam que o mundo inteiro se quedou paralisado diante de tal portento, diante daquele impávido colosso que insistia em dar ao mundo uma aula de boa governança. Justo ela, que preside o país que tem a pior relação crescimento-inflação-juros entre as dez maiores economias do mundo.

De tal sorte fazia um pronunciamento de caráter eleitoral e eleitoreiro que, numa peroração em que misturou dados da economia nativa com um suposto novo ordenamento das relações internacionais, sobrou tempo para tentar faturar com o casamento gay. Afirmou: “A Suprema Corte do meu país reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo, assegurando-lhes todos os direitos civis daí decorrentes”. É claro que queria dar uma cutucadinha em Marina Silva, candidata do PSB à Presidência, que o sindicalismo gay petista tentou transformar em homofóbica numa das vertentes sujas da campanha.

Sem ter mais o que pregar aos nativos; temerosa de que o eleitorado cobre nas urnas os muitos insucessos de sua gestão; sabedora de que boa parte da elite política que a cerca pode ser engolfada por duas delações premiadas — a de Paulo Roberto Costa e da Alberto Youssef —, Dilma elegeu a sede da ONU como um palanque.

Na tribuna, bateu no peito e elogiou as próprias e supostas grandezas, como fazem os inseguros e os mesquinhos. No discurso que abre a Assembleia Geral das Nações Unidas, tratou de uma pauta bisonhamente doméstica — e, ainda assim, massacrando os números. Quando lhe coube, então, cuidar da ordem internacional, pediu, na prática, que terroristas sejam considerados atores respeitáveis.

Desde 12 de outubro de 1960, quando o líder soviético Nikita Krushev bateu com o próprio sapato na mesa em que estava sentado — e não na tribuna, como se noticia às vezes — para se fazer ouvir, a ONU não presencia cena tão patética. Nesta quarta, Dilma submeteu o Brasil a um ridículo inédito.

Por Reinaldo Azevedo

Papa manda prender ex-arcebispo acusado de pedofilia


Jozef Wesolowski, acusado de pedofilia

O ex-arcebispo polonês e ex-núncio na República Dominicana Jozef Wesolowski, que foi destituído do sacerdócio após denúncias de abuso sexual de crianças, foi detido nesta terça-feira com a autorização do papa Francisco. A promotoria de Justiça do Vaticano, que investiga as acusações contra Wesolowski, notificou o ex-arcebispo sobre as acusações e determinou sua prisão domiciliar na Santa Sé, informou a imprensa italiana.

“A iniciativa tomada pelos órgãos judiciais do Estado segue a vontade expressa do papa, para que um caso tão sério e delicado seja abordado, sem demora, com a justiça e o rigor necessários, com assunção plena de responsabilidade das instituições que fazem parte da Santa Sé”, informou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, por meio de comunicado.

Em junho, Wesolowski já havia perdido privilégios depois de uma condenação em primeira instância em um tribunal canônico. Em agosto, foi anunciado que ele havia perdido sua imunidade diplomática e que seria julgado criminalmente. Foi a primeira vez que um caso envolvendo abuso sexual passou a ser julgado dentro do Vaticano.

O monsenhor Wesolowski, de 66 anos de idade, que foi nomeado pelo papa João Paulo II, foi núncio (embaixador) da Igreja Católica na República Dominicana entre 2008 e 2013. Ele foi chamado de volta a Roma pelo papa Francisco em agosto do ano passado, quando surgiram as primeiras denúncias. No Vaticano foi submetido ao primeiro julgamento canônico e, em seguida, ao julgamento criminal.

Pena – Wesolowski pode pegar até doze anos de prisão. Como o Vaticano não dispõe de um presídio, o ex-arcebispo pode cumprir sua pena em uma cadeia da Itália, em um acordo entre a Santa Sé e o sistema penitenciário italiano. 

O Vaticano possui um sistema judiciário formal desde 1889, mas estava desatualizado e por isso foi alterado a pedido do papa Francisco, em 2013. Hoje a Justiça do Vaticano inclui uma série de convenções das Nações Unidas que o Estado assinou ao longo dos anos. O novo Código Penal do Vaticano adotou especificidades como lavagem de dinheiro, crimes sexuais, e de violação de confidencialidade e privacidade. A prisão perpétua foi abolida pelo papa Francisco, também em 2013, a pena máxima da Justiça do Vaticano é de 35 anos de prisão.

Além do processo penal que enfrenta no Vaticano, tanto a Justiça polonesa como a República Dominicana apresentaram acusações contra o ex-núncio por pedofilia. O escândalo veio à tona após uma reportagem da jornalista Nuria Piera, que assegurava que Wesolowski pagava para manter relações sexuais com menores dominicanos. Após a publicação da reportagem, o cardeal dominicano Nicolás de Jesús López Rodríguez informou que tinha comunicado as denúncias diretamente ao papa Francisco e qualificou o assunto como “extremamente grave”.

Veja.com

Áudio: senador responsabiliza PT por caixa 2 baiano


O senador Walter Pinheiro

Depois de culpar o PT pelo envolvimento de seu nome no esquema de desvio de dinheiro público na Bahia, o senador Walter Pinheiro disse que foi mal interpretado. A entrevista, porém, não deixa dúvidas. 'A mulher chegou na minha campanha trazida pelo PT', diz petista em gravação.

A edição de VEJA desta semana revelou um esquema milionário de desvio de verbas de programas sociais para campanhas do Partido dos Trabalhadores na Bahia. De 2004 a 2010, valendo-se de uma organização não governamental fundada por militantes, o PT conseguia desviar recursos de administrações petistas diretamente para o caixa dois eleitoral de campanha. Em entrevista, a presidente do Instituto Brasil, Dalva Sele Paiva, entregou uma lista de políticos e dirigentes petistas que se locupletavam da verba desviada inclusive do Fundo de Combate à Pobreza na Bahia. Além de deputados federais, deputados estaduais, secretários do governo Jaques Wagner (PT) e até integrantes do governo Dilma Rousseff, Dalva Sele aponta o vice-líder do PT no Senado, Walter Pinheiro, como um dos principais beneficiários do esquema. Segundo ela, parte da campanha de Pinheiro para prefeito de Salvador, em 2008, foi financiada com dinheiro sujo.

“A FALTA QUE OPINIÃO FAZ”



Por Dora Kramer


Publicado no Estadão desta terça-feira (23)

Os candidatos a presidente do Brasil têm muita sorte. Falassem eles e elas para eleitorado mais exigente cortariam um dobrado no quesito discussão de programa de governo.

No lugar de buscar o desaforo mais eficiente para desancar o adversário, seriam obrigados a encontrar o argumento mais consistente para convencer a população de que o gesto do voto vale mais a pena que o ato obrigatório. (Veja/Augusto Nunes)

Eleitor vai às urnas no escuro sobre o essencial


Dilma em Minas Gerais (Foto: Ichiro Guerra / EFE)

A 12 dias do encontro com as urnas, o eleitor brasileiro permanece no escuro em relação ao essencial. Admita-se que há duas crises sobre a mesa: a econômica e a ética. Quanto à primeira, os candidatos revelam-se capazes de quase tudo, menos de esmiuçar seus planos. Quanto à segunda, sabe-se que nem o petróleo é mais nosso. Um delator esclareceu que já não existem coisas nossas. Só existe Cosa Nostra. Mas o manto diáfano do segredo processual ainda protege a máfia.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Lava Jato: doleiro aceita acordo de delação premiada


O doleiro Alberto Youssef

O doleiro Alberto Youssef, pivô da Operação Lava Jato da Polícia Federal, aceitou acordo de delação premiada proposto pelo Ministério Público e se comprometeu a entregar tudo o que sabe sobre a engrenagem bilionária que envolvia desvio de recursos públicos, inclusive da Petrobras, e lavagem de dinheiro.

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, foi informado da decisão na tarde desta terça-feira. Como é contra a delação, ele está deixando a defesa de Youssef.

O doleiro, que foi preso em março, é peça-chave do esquema que também contava com a participação de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. Como mostrou VEJA, Costa também aceitou a delação premiada e já entregou aos investigadores nomes de políticos que receberam dinheiro sujo.

Kakay havia se comprometido a defender Youssef no Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde que o réu não topasse a delação premiada. O advogado é contra o instituto: "Acho que há uma inversão do papel do Estado, que prende a pessoa e a submete a uma pressão desumana", disse. Segundo Kakay, o pedido de familiares foi decisivo para que Youssef aceitasse o acordo.

Na semana passada, o doleiro foi condenado a quatro anos de prisão por seu envolvimento no caso Banestado, na década de 1990. Com os crimes descobertos pela Polícia Federal na investigação da operação Lava Jato, a pena somada pode chegar a muitas décadas. O acordo de delação pode reduzir o tempo de prisão.

São José debate instalação da 1ª ‘Universidade Aeronáutica’


O aeroporto ampliado de São José seria a ‘âncora’ do polo de ensino. Foto: Arquivo/OVALE

Representantes do Grupo São José 2030 se reuniram com o prefeito Carlinhos Almeida (PT) para discutir a proposta de criação de uma “Universidade Aeronáutica” em São José dos Campos.

O São José 2030 foi criado em novembro do ano passado, durante um seminário que autoridades, empresários e lideranças traçaram estratégias para o futuro de São José dos Campos.

A intenção do grupo é lançar ideias e projetos para serem executados até 2030 para o desenvolvimento da cidade.

O engenheiro Ozires Silva, que lidera o Grupo 2030 disse que a ideia da Universidade do Ar seria a implantação de um Centro de Formação de mão-de-obra para o setor aeronáutico do Brasil, que está em fase de expansão.

“Faltam grandes escolas de formação de pessoal para o setor aéreo. O segredo é bons Recursos Humanos”, disse o engenheiro.

Segundo ele, São José reúne uma série de atributos diferentes de outras cidades do país. “E nós podemos crescer como uma cidade muito mais importante, gerando oportunidades que todos nós desejamos”, disse Ozires.

“A ideia está lançada. Temos agora que concretiza-la. O prefeito foi muito receptivo à proposta”, pontuou Ozires.

Ele frisou ainda que esse Centro de Formação de Pessoal também pode ser encampado por uma instituição de ensino da cidade. “Temos escolas que podem criar esse centro”, declarou.

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E PRECISO RESTABELECER A DECÊNCIA NO BRASIL’ DIZ FHC


Evento promovido pelo Lide recebe Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República, e Armínio Fraga, sócio e fundador da Gávea Investimentos e ex-presidente do Banco Central, nesta segunda-feira, na zona sul da capital paulista - 22/09/2014

Em almoço com empresários promovido pelo Grupo Lide nesta segunda-feira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) cobrou responsabilidade do governo federal em relação aos escândalos de corrupção na Petrobras. O ex-presidente manifestou indignação com as denúncias envolvendo diretores e partidos políticos — e a indiferença do governo federal em relação ao material revelado pela imprensa. “Ou (o governo) é conivente ou é incompetente”, disse o ex-presidente. “(O governo) Tem de ser cobrado, pela razão de que é preciso restabelecer a decência do Brasil. Acredito na decência da presidente Dilma Rousseff, mas isso não a exime de sua responsabilidade”, disse.

Questionado sobre possível apoio do PSDB a Marina no segundo turno, caso o tucano Aécio Neves não avance na disputa, FHC desconversou: “Uma coisa aprendi na política. Cada passo na sua hora. E o passo agora é Aécio”, afirmou. Depois de recuar ao longo do mês de agosto, o candidato tucano vem recuperando pontos nas pesquisas de intenção de voto. No último levantamento do Datafolha, Aécio tinha 17% das intenções, diminuindo a distância em relação à segunda colocada, Marina Silva, que se manteve com 30 pontos.

FHC também aproveitou a oportunidade para alfinetar Dilma Rousseff. Ele lembrou as críticas que a candidata à reeleição fez de que o governo FHC quebrou duas vezes por causa de ter pedido empréstimos ao Fundo Monetário Internacional (FMI). “Dilma não sabe economia, por isso que não foi doutora pela Unicamp”, disparou.

O ex-presidente voltou a criticar o conhecimento de Dilma na área econômica. Questionado sobre a fala da presidente de que o Brasil não cresce tanto por conta do cenário de desaceleração da atividade econômica dos Estados Unidos, dada em entrevista à TV Globo na manhã desta segunda, ele afirmou: “Os EUA já estão se recuperando. Há cinco anos os EUA vão para frente e o Brasil vai para trás. Não sei como Dilma é economista”, rebatou.

Dilma é parte do problema, no escândalo da Petrobras



Sob a alegação de que precisa de “informações oficiais” para tomar providências, Dilma Rousseff exige receber uma cópia dos depoimentos do delator Paulo Roberto Costa. Requereu os papeis à Polícia Federal. Nada feito. Reiterou o pedido ao procurador-geral da República Rodrigo Janot. Nem pensar. Anunciou que baterá à porta do gabinete do ministro Teori Zavascki, que cuida do caso no STF. Qualquer resposta diferente de um categórico indeferimento será absurda.

Como presidente da República, Dilma é parte do problema, não da solução. Como candidata à reeleição, ela é devedora de explicações, não credora de informações. Pode começar explicando à plateia por que fala em adotar agora, sob pressão, providências que não adotou antes por opção.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Para Armínio, economia passa por ‘septicemia’



Apontado como ministro da Fazenda de um hipotético governo de Aécio Neves, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga utilizou uma metáfora forte para qualificar o atual estágio da economia brasileira. Para ele, o diagnóstico é de infecção generalizada. “É uma septicemia, não é uma verruga que você precisa tirar. É grave mesmo.'' Quer dizer: se fosse eleito, Aécio não prescreveria uma aspirina.

A CASA DE HORRORES DO PT DA BAHIA: R$ 50 MILHÕES FORAM TIRADOS DOS POBRES E FORAM PARAR NAS MÃOS DE POLÍTICOS PETISTAS, DIZ PRESIDENTE DE ONG QUE OPERAVA PARA O PARTIDO


É preciso ser idiota ou ter muita má-fé — eventualmente uma soma das duas coisas — para sustentar que o fim da doação legal de empresas a campanhas eleitorais diminuiria a corrupção no Brasil. Em primeiro lugar, anda que venham a ser proibidas — e o STF está a um passo de fazer essa escolha estúpida —, as doações continuarão a ser feitas, só que por baixo do pano. Em segundo lugar, a roubalheira maior nada tem a ver com eleição. Ela se dá por intermédio das empresas estatais, como prova a Petrobras, e das ONGs que são usadas pelos partidos.

A VEJA desta semana traz uma reportagem que revela os bastidores escabrosos de uma ONG chamada Instituto Brasil, criada em 2004 para supostamente facilitar a construção de casas próprias, com dinheiro federal, para pessoas de baixa renda na Bahia. Assim era no papel. De fato, a dita-cuja era apenas um dos braços do PT que operava para desviar dinheiro dos cofres públicos para o bolso dos petistas. Quem faz a denúncia? Não é o PSDB. Não é algum outro partido de oposição. Quem põe a boca no trombone é Dalva Sele Paiva, nada menos do que presidente da entidade. Ela cuidou do esquema para os petistas até 2010, quando o Instituto Brasil foi fechado, atolado em irregularidades. Ao longo de seis anos, segundo ela, R$ 50 milhões — SIM, CINQUENTA MILHÕES DE REAIS — saíram dos cofres do governo federal para as burras dos companheiros.

O esquema era relativamente simples. O Instituto Brasil era qualificado pelo governo para construir, por exemplo, um número x de casas. Erguia muito menos, repassava o dinheiro para a companheirada, e o próprio partido se encarregava de arrumar as notas frias que justificavam as despesas. Assim foi, por exemplo, em 2008, num caso já desvendado pelo Ministério Público Federal. O Instituto Brasil foi escolhido pelo governo para erguer 1.120 casas ao custo de R$ 17,9 milhões. O dinheiro saiu do Fundo de Combate à Pobreza. O MP já tem provas de que parte do dinheiro sumiu. Atenção! Só nesse convênio, revela Dalva à VEJA, R$ 6 milhões foram parar nos cofres do PT, consumidos na eleição municipal. Ela deixa claro que a entidade foi criada com o propósito de alimentar o caixa do partido. E tudo passou a funcionar ainda melhor para o grupo depois da eleição do petista Jaques Wagner para o governo da Bahia, em 2006.

A investigação está a cargo da promotora Rita Tourinho, que chegou a localizar testemunhas que acusavam políticos, mas, diz ela, faltavam as provas. Parece que a tarefa agora será facilitada. Diz Dalva, que presidia a ONG: “Vou levar todos esses fatos ao conhecimento do Ministério Público. Quero encerrar esse assunto, parar de ser perseguida. O ônus ficou todo comigo”. Ela diz ter em mãos, por exemplo, os recibos de R$ 260 mil repassados à campanha do agora senador Walter Pinheiro à Prefeitura de Salvador, em 2008.

Não era só Walter Pinheiro, é claro! Atenção para a lista de outros petistas que, segundo Dalva, receberam o dinheiro que deveria ter sido usado na construção de casas para os pobres:
- Afonso Florence, deputado federal e ex-ministro da Reforma Agrária de Dilma. Dalva diz ter entregado a ele várias pacotes de dinheiro de R$ 20 mil a R$ 50 mil, quando era secretário de Jaques Wagner. Um assessor seu chamado Adriano teria recebido a bufunfa;
- Vicente José de Lima Neto, presidente da Embratur: recebeu pensão mensal de R$ 4 mil;
- Rui Costa, atual candidato ao governo da Bahia: pensão mensal de R$ 3 mil a R$ 5 mil;
- Nelson Pellegrino, deputado federal: recebeu dinheiro para boca de urna, para pagar cabo eleitoral e bancar outras despesas da campanha.

E o governador Jaques Wagner? Será que ele sabia? Dalva diz que era impossível não saber. Afinal, quem arrumava as notas frias que justificavam os gastos era a então diretora da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Lêda Oliveira. Hoje, Lêda é ainda mais poderosa: ocupa o cargo de diretora de Comunicação do governador Jaques Wagner.

Todos os acusados negam tudo com veemência. O deputado Nelson Pellegrino, por exemplo, começou afirmando que nem conhecia a tal Leda. Chamou pela memória e acabou lembrando que uma irmã sua trabalhou no Instituto Brasil: “Mas eu pedi para ela sair quando descobri como eram as coisas lá”. Então quer dizer que ele sabia como eram as coisas por lá?

Vamos ver no que vai dar a investigação do Ministério Público. A mulher que cuidava da dinheirama contou tudo, mesmo sabendo que também está confessando um crime. Só não aceita cair sozinha.

Por Reinaldo Azevedo

Papa denuncia uso da religião para justificar violência



O Papa Francisco chegou ontem na Albânia para visitar por um dia um país dos Bálcãs dirigido por uma coalizão entre muçulmanos, católicos e orotodoxos, onde denunciou a “perversão” da religião como pretexto para justificar a violência.

"Que ninguém pense que pode proteger-se em Deus quando projeta e realiza atos de violência e abusos. Que ninguém use a religião como pretexto para as próprias ações contrárias à dignidade do homem e seus direitos fundamentais", disse o pontífice em Tirana, capital albanesa.

Leia mais em O Globo

Simon: ‘Lula renova política com Maluf e Sarney’


Reprodução/Facebook

Para alguns de seus ex-amigos, Lula tornou-se um típico político brasileiro —grosso modo falando. Há três dias, Lula usou o senador Pedro Simon como escada para alcançar Marina Silva. “Que história é essa de nova política?”, indagou o padrinho de Dilma Rousseff num comício na cidade gaúcha de Caxias do Sul.

Lula prosseguiu: “É a nova política feita pelos velhos políticos. Aliás, tem uma aí que inovou tanto, tanto, que o Pedro Simon [84 anos] agora é candidato a senador com ela, defendendo ela. É uma nova política extraordinária!”.

Simon se deu conta de que, em campanha, o melhor amigo do homem é a incoerência. Abespinhado, o aliado de Marina sacou do coldre sua ironia. E disparou: “O Lula também renova a política. A diferença é que ele faz isso com o Maluf e o Sarney.”

domingo, 21 de setembro de 2014

Juiz rejeita denúncia do MPF contra colunista do GLOBO


O Globo

O juiz federal Elder Fernandes Luciano rejeitou, no último dia 11, denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o jornalista e colunista Ricardo Noblat, do GLOBO. O MPF, que recebeu representação criminal de Joaquim Barbosa, então ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), pleiteava a condenação pelos crimes de injúria, difamação e racismo. A representação e a denúncia foram propostas por conta da coluna “Joaquim Barbosa: Fora do Eixo”, publicada em 19 de agosto de 2013, no impresso e na internet. A decisão é de 1ª instância, mas o MPF não vai recorrer.

"O juiz enfrenta ponto a ponto as imputações e afasta cada uma delas, de forma meticulosa e prudente, demonstrando que o artigo manifesta opiniões a respeito do comportamento que não se qualificam como criminosas", diz o jurista Gustavo Binenbojm: "Houve crítica ácida, controvertida, mas o fato de ser ácida e controversa não a torna por si só criminosa. (Com essa decisão), o juiz garante à imprensa o direito de criticar os detentores do poder".

Pelo de “roedor” no extrato de tomate mais famoso do Brasil


Extrato de tomate da Knorr Elefant: Anvisa reprovou produto em teste e interditou lote

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a interdição cautelar, por 90 dias, de um lote do extrato de tomate da Knorr Elefante, fabricado pela empresa Cargill Agrícola. A decisão foi tomada após testes encontrarem “pelo de roedor” em uma das embalagens.

Segundo a Anvisa, o lote interditado, o L6, com validade até 21 de maio de 2015, obteve resultados insatisfatórios “de rotulagem e de matéria estranha macroscópica e microscópica”. A agência informou que técnicos encontraram “fragmentos de pelo de roedor acima do limite de tolerância estabelecida”, que é de um fragmento por 100 gramas.

A decisão da Anvisa foi publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União. A empresa Cargill Agrícola ainda não se posicionou, segundo a revista Veja.

Interessante que existe um limite de tolerância para pelos de roedores no extrato de tomate fabricado no Brasil, segundo a Anvisa. Um fragmento de pelo por 100 gramas. Imaginem em 1 Kg. Fala sério...

sábado, 20 de setembro de 2014

O ATO E O FATO


Vendo meu voto

Brasilino Neto
Acalmem-se senhores promotores de justiça, intrépidos e vigilantes guardiões da legalidade, não me processem, pois minha proposta não é ilegal. Leiam.

Pois procuro políticos que queiram comprar meu voto, e o preço é bom, e fácil de ser pago, pois preciso de um pouco de sossego para minha vida, com segurança, paz, saúde, educação, crédito com juros baixos e, se possível, que me respeitem, ao menos um pouquinho.

Senhor político observo que o pagamento não precisa ser feito à vista, pois facilito em até 12 ou 48 meses, sem juros, como sempre me é extorsivamente cobrado, ainda com um tempo de carência, para que aqueles que forem assumir o comando de meu país e estado possam ter tempo para a adaptação aos seus cargos e procurarem meios de gerarem condições para que possam me pagar.

Resolvi fazer isto, pois estou realmente precisando das moedas que acima indiquei e assim que começar a recebê-las vou repassar, de graça, um pouco delas para que meus amigos, familiares e minha comunidade também possam delas usufruir, eis que, como tenho visto, todos estão precisando.

Se fizerem um pouco de força e pelo prazo que estou dando para pagamento, dá para os candidatos cumprir o pagamento que prometeram. 

O documento para pagamento da venda de meu voto não precisa estar avalizado, pois eu tenho que acreditar que os políticos que queiram comprar meu voto sejam honestos, não falem mentiras e nem façam promessas vãs, e que sabem que não poderão cumpri-las, eis que devo acreditar que ainda existam alguns deles que não sejam assim, embora pouquíssimos, e que me pagarão tal como prometeram.

A única exigência que faço é que elaboremos um documento que possa ser por nós assinado e que eles cumpram as promessas de me pagarem direitinho, pois eu tenho seguidamente sofrido prejuízos e sido enganado nas eleições anteriores, pois lhes dei meu voto e eles não cumpriram as promessas que me fizeram, me prometeram pagar direitinho e não pagaram, assim nesta eleição não vou mais dar meu voto, mas vender para o político que esteja realmente disposto a cumprir aquilo que me foi prometido.

Brasil, o país dos fora da lei




Brasil o país dos fora da leiLendo, vendo ou ouvindo o que ocorre em nosso país diariamente, a sensação é de que vivemos em uma sociedade sem qualquer tipo de ordem, regras ou leis, onde, como na pré-história, sempre vence o mais forte e violento.

No Brasil atual, somente os ilegais, sonegadores, corruptos e ladrões conseguem fazer evoluir seu patrimônio. Os que possuem princípios morais e éticos, por mais que trabalhem, não conseguem progredir financeiramente e, não raro, ainda perdem o que já possuíam.

São tantas as obrigações trabalhistas, fiscais e tributárias que só mesmo os ilegais, que tudo sonegam, conseguem manter seu patrimônio ou progredir. E cada vez que se propõe algo que possa beneficiar minimamente a população, isso só pode ser realizado com um novo aumento de tributos, pois os já existentes são totalmente consumidos pelos corruptos hoje no poder.

Os aportes financeiros, de bilhões de reais, realizados pelo Tesouro no BNDES nos últimos anos, não são suficientes para financiar a manutenção e aumento da infraestrutura básica do país, pois a ideologia dos nossos governantes os levam a construir obras faraônicas em outros países, governados por “companheiros”, enquanto os brasileiros morrem nas filas dos hospitais.

Um “acordo verbal” com o “companheiro” Hugo Chávez, levou a Petrobrás na construção da refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca – região metropolitana de Recife -, e agora, além da empresa PDVSA, do país do “companheiro”, não haver aplicado um só centavo na construção, descobre-se que a mesma foi projetada para refinar um tipo de óleo que não é o produzido no Brasil, mas sim na Venezuela.

Segundo a revista Veja e as declarações da própria presidente da empresa, Graça Foster, o total da refinaria será de 40 bilhões de reais, valor 36 bilhões superior ao estimado no início do projeto (4 bilhões de reais). E isso é só um exemplo do que tem ocorrido naquela que já foi uma das maiores empresas do mundo e hoje, em virtude da ingerência do governo do PT nos últimos anos, está financeiramente debilitada e aparece diariamente nas colunas policiais.

A poucos dias das eleições que definirão os próximos deputados estaduais e federais, senadores,governadores e o presidente da república, o que vemos na mídia é um festival de acusações de incapacidade administrativa e de corrupção generalizada.

Entretanto, o que mais chama a atenção é como os membros do PT, que atualmente governam ou governaram o país, mentem descaradamente, sobre assuntos que já são do conhecimento público, como a responsabilidade que deveriam assumir sobre a aquisição superfaturada da refinaria de Pasadena, nos USA, que causou tantos prejuízos à Petrobrás.

A metodologia da contratação de médicos cubanos, que só recebem uma pequena parcela de seu salário, se aplicada em médicos brasileiros causaria a prisão de quem os tivesse contratado, por ser considerado, em nossa legislação, trabalho escravo, mas o PT a admite, para repassar aos “companheiros” e criminosos irmãos Castro o dinheiro ganho com o suor destes médicos.

E a prepotência dos líderes do PT é tão grande que em um vídeo disponibilizado no YouTube, Lula, durante um de seus discursos desta campanha eleitoral, em tom de ameaça, diz a Dilma: “….eles não sabem o que nós seremos capazes de fazer para fazer com que você seja a nossa presidenta por mais quatro anos desse país”.

Enfim, são tantos os exemplos de desmandos, corrupção, apoios a crimes e ameaças, praticados pelos governantes do PT, que, com muita tristeza, admito:

Atualmente, no Brasil, só se dá bem quem é fora da lei.