quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O Ato e o Fato


Brasilino Neto
Questão de principio

Estamos vivendo o recém chegado mês de janeiro de 2015, que iniciamos com renovadas esperanças, por crermos naquilo que nos fora prometido na campanha eleitoral, especialmente pelos candidatos à presidência da república.

Pelas promessas feitas sob juramento na campanha e pelo que temos visto nas últimas decisões do executivo federal, o que se nos apresenta para 2015 não nos inspira muita confiança, até mesmo porque vemos que são medidas tomadas de afogadilho, sem planejamento e, principalmente, quando sabemos que se destinam a agradar grupelhos políticos de há muitos anos instalados no poder e não para realizar as mudanças realmente necessárias para que o Brasil possa aspirar a uma estabilidade real, com possibilidades de desenvolvimento por longo prazo, deixando no ar apenas incertezas ao povo.

O que ninguém discute é que o país está agravado com perspectivas de crises, de pobreza, desemprego e todas as demais mazelas morais e sociais.

A presidente do Brasil foi reeleita com discurso de seriedade, de não mudança em setores que amparam aos menos favorecidos, de não aumento de impostos, não alteração das regras trabalhistas, porém, o que se vê é exatamente ao contrário.

Os discursos propalados não estão condizendo com as promessas e a realidade que o Brasil vive, com a estimativa de crescimento circundando o pífio 1%, o que não absorverá a mão de obra que anualmente entra para a massa de trabalhadores, com perda da capacidade de investimento interno e, sobretudo o externo, de modo a possibilitar que entremos em um circulo vicioso, numa espiral descendente que não interessa a ninguém, especialmente aos que mais necessitam do bom desempenho do governo central.

Deixamos de fazer reformas imprescindíveis ao longo dos anos e queremos fazer de um momento para outro, o que nunca deu e nem dará agora certo, especialmente por não estarem seriamente planejadas.

O País viveu décadas de inflação catastrófica, e agora novamente, pelas razões acima, vemos que ela novamente bate às nossas portas, e ai nossos governantes tomam decisões de afogadilho, que representará, em médio prazo, a “apagar fogo com gasolina”, e jamais para uma estabilidade duradoura, confiável e necessária. Mas, aquilo que era apenas ponte foi mantido sob os ares de solução definitiva. É por isso que o Brasil amarga hoje índices representativos de desemprego, com ameaça de sua ampliação e pouco desenvolvimento, fazendo prever dias e soluções amargas, tais como as que já vieram, que com simples canetada, acresça-se em favor do Tesouro Nacional cerca de 20 bilhões de reais.

São tantas e tais as incertezas que os políticos que há anos estão ai nos impõem, e nós pacientes e irresponsavelmente os elegendo.

O Brasil continua precisando de cidadãos íntegros e capazes, de bons políticos e não politiqueiros que se valem do poder apenas para a defesa de interesses pessoais ou de seu grupo, que estejam prontos para o trabalho incansavelmente pelas causas nobres e, acima de tudo, interessados em resolver de fato nossos mais graves problemas, de modo a dar a seu povo vida digna com educação, saúde, segurança, transportes públicos de qualidade e, sobretudo que se sintam respeitados e não vilipendiados como hoje ocorre.

Um comentário:

Paulo L. disse...

Brasa mais uma vez parabéns pela lucidez da matéria. Tenho a maior satisfação em ler seus textos, pois como já disse, você repercute o que muito de nós queremos dizer destes desastres que nossos governantes fazem.