domingo, 15 de março de 2015

NAS RUAS – Hoje será o dia dos Trabalhadores sem Partido


15.03 eu vou

Neste domingo, tudo indica, parcela expressiva da população brasileira vai às ruas em paz, em ordem, mas com muita convicção, reivindicar o combate à corrupção, o fim da roubalheira, o respeito às instituições. Têm razão todos aqueles que dizem que a questão é muito maior do que Dilma Rousseff. Ocorre que Dilma Rousseff é termo de uma equação que hoje é igual a recessão, juros pornográficos (e ainda vão crescer) e inflação alta. Poderíamos estar nessa pindaíba em razão de erros cometidos por uma elite dirigente atrapalhada, mas de boa-fé… Sim, não é algo que devamos reivindicar… O negócio é rimar sempre decência com competência. Mas insisto: não fosse um escândalo de proporções inéditas no mundo, o petrolão, é certo que a indignação seria menor. Hoje, a esmagadora maioria dos brasileiros sabe quem quebrou a Petrobras e por quê. A mulher eleita há quatro meses e meio — há apenas dois e meio de posse do segundo mandato — não é a mesma que governa. Ou melhor: é! Não existe é o país vendido pela candidata.


Chegou o dia

Chegou o 15 de março. O dia vai raiando tímido. O céu ainda está cinza, com um frio muito discreto. Talvez chova um pouco. Ninguém é de açúcar. Levem para as ruas o Artigo 5º da Constituição, seu direito de reivindicar, de protestar, de peticionar ao estado. Levem para as ruas a alegria, os votos de um país melhor, o desejo de mudança. Levem para as ruas a crença na competência, no trabalho, no esforço, na honestidade. Levem para as ruas a satisfação de saber que a democracia é a única garantia que temos contra larápios e tiranos.

As oposições estão apoiando o ato? Que bom! Mas são apenas isto: apoiadoras. E é bom que assim seja. Não estamos num confronto entre partidos, entre corporações, entre senhores da guerra. Isso é o que o PT queria. Isso é o que o PT quer. Mas não terá. Na sexta, 13, o que se diz “Partido dos Trabalhadores” tingiu algumas poucas ruas de vermelho. Neste domingo, 15, que elas sejam tingidas pelos trabalhadores sem partido, de verde e amarelo.

O que se quer é decência. Não é pedir muito. É pedir o mínimo. Quem sabe ainda ocupemos, um dia, as ruas para cobrar de governantes decentes a competência. Demora? A gente chega lá.

Tenham um domingo feliz, de muitos abraços!

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