quarta-feira, 22 de julho de 2015

MP investiga contratação de mulher de Roitberg em UPA


A médica Keyla de Barros (esq.), mulher do secretário da Saúde. Foto: Reprodução/Facebook
A médica Keyla de Barros (esq.), mulher do secretário da Saúde. Foto: Reprodução/Facebook

O Ministério Público abriu inquérito para apurar supostas irregularidades na contratação da GL Plantonista, empresa responsável pelos plantões médicos da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Putim, zona sudeste de São José. 

A empresa, sediada em Santa Isabel (SP), tem em seu quadro de prestadores de serviço a médica Keyla Pereira Correia de Barros, mulher do secretário de Saúde Paulo Roitberg. 

A suspeita de nepotismo será investigada no inquérito aberto em 30 de junho.

A denúncia, apresentada pela bancada do PSDB na Câmara de São José, foi aceita pela promotora Ana Cristina Ioriatti Chami.

A investigação foi instaurada dois meses após O VALE publicar uma reportagem sobre o caso.

A Prefeitura de São José nega que tenha cometido prática de nepotismo. A promotora de Justiça, porém, pede ao governo documentos do processo de licitação na UPA. 

As empresas ICV (Instituto Ciências da Vida), administradora da unidade, e GL Plantonista, foram intimadas a dar informações sobre Keyla. 

A promotora ainda pede que Roitberg e Keyla prestem esclarecimentos em 20 dias.

Caso. A mulher de Roitberg é médica concursada da Prefeitura de São José. 

Em setembro de 2014, ela pediu licença não-remunerada das funções por um ano e, menos de dois meses depois, passou a trabalhar na UPA.

A GL Plantonista, que contratou Keyla, é uma empresa subcontratada pelo ICV, organização social selecionada pelo próprio secretário de Saúde em um processo de chamamento público.

Na denúncia apresentada ao MP, os vereadores do PSDB destacam que o nepotismo cruzado “viola as garantias constitucionais da impessoalidade e moralidade administrativa”.

Ontem, Roitberg só se pronunciou por meio da assessoria de imprensa. Mas, em abril, ele negou qualquer irregularidade no caso.

“Respeito o trabalho da imprensa, mas não concordo por dois motivos. Primeiro, ela não é funcionária do ICV. Segundo, ela fez um trabalho pontual pela dificuldade em achar pediatra”, afirmou à época.

O Vale

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