segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

A discreta operação para atender Roger Abdelmassih em hospital em São Paulo


O ex-médico brasileiro  Roger Abdelmassih preso no Paraguai, em operação da Secretaria Nacional Antidrogas paraguai com a Polícia Federal brasileira (Foto: Divulgação/Senad/Efe)

Eram 6h da manhã do último dia 18, quando médicos e seguranças se preparavam para receber o primeiro paciente do dia. Em uma operação estratégica, a fim de manter o máximo de discrição possível, profissionais e equipe de apoio do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo foram convocados a começar a jornada de trabalho mais cedo. Chegaram pelo menos uma hora antes do horário de costume naquela segunda-feira. O motivo, muitos descobriram só na hora, era o atendimento a um presidiário que ganhou fama internacional e já integrou a lista de criminosos procurados pela Interpol.

Escoltado por policiais militares, Roger Abdelmassih deixou a Penitenciária II de Tremembé antes mesmo de o dia amanhecer. Seria submetido a uma bateria de exames e consultas médicas a mais de 140 quilômetros dali, na instituição que o próprio sentenciado escolheu. Aos 72 anos, o ex-médico, condenado a 278 anos de reclusão pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor contra suas pacientes, está com a saúde debilitada. Trajando uniforme do hospital e sem algemas, recebeu atendimento acompanhado por um policial à paisana e seu advogado. Um time de seguranças completava a “força-tarefa” montada para receber o paciente.

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